Perguntas Frequentes

Oxigenoterapia hiperbárica é uma modalidade terapêutica na qual o paciente respira oxigênio puro (100%), enquanto é submetido a uma pressão 2 a 3 vezes a pressão atmosférica ao nível do mar, no interior de uma câmara hiperbárica.

A câmara hiperbárica consiste em um equipamento médico fechado, resistente à pressão, geralmente de formato cilíndrico e construído de aço ou acrílico e que pode ser pressurizado com ar comprimido ou oxigênio puro. Podem ser de grande porte, acomodando vários pacientes simultaneamente (câmaras multipacientes), ou de tamanho menor, comportando somente um indivíduo (câmaras monopacientes).

A oxigenoterapia hiperbárica provoca um espetacular aumento da quantidade de oxigênio transportada pelo sangue, na ordem de 20 vezes o volume que circula em indivíduos que estão respirando ar ao nível do mar. Nestas condições, o oxigênio produzirá uma série de efeitos de interesse terapêutico, tais como: combate infecções bacterianas e por fungos, compensa a deficiência de oxigênio decorrente de entupimentos de vasos sangüíneos ou destruição dos mesmos, como acontece em casos de esmagamentos e amputações de braços e pernas, normalizando a cicatrização de feridas crônicas e agudas; neutraliza substâncias tóxicas e toxinas, potencializa a ação de alguns antibióticos, tornando-os mais eficientes no combate às infecções e ativa células relacionadas com a cicatrização de feridas complexas.

Na maioria dos protocolos estabelecidos a duração de uma sessão varia de 90 minutos a 2 horas.

Através de máscaras e capacetes de plástico apropriados para esta finalidade. Existe ainda a possibilidade, em se tratando de câmaras monopacientes, do paciente respirar o oxigênio diretamente da atmosfera da câmara, quando esta é pressurizada com este gás.

Como regra geral, o paciente necessita submeter-se a uma sessão diária, 5 a 6 vezes por semana. Em alguns situações, normalmente em casos mais graves e agudos, é necessária, por um curto período de tempo, a aplicação de 2 a 3 sessões diárias, de modo ininterrupto, 7 vezes por semana.

Não, desta maneira o tratamento é contraproducente, não se alcançando os resultados almejados.

O tratamento de doenças crônicas demanda a aplicação de um número maior de sessões, enquanto que as doenças agudas, tais como as relacionadas com acidentes e traumas, exige a administração de um número menor de sessões. Em média é necessária a aplicação de 30 sessões.

– Feridas de difícil cicatrização (como, por exemplo, nas nádegas de pessoas acamadas por um longo período e nos pés de diabéticos);

– Infecções graves com destruição muscular, de pele, ou gordura subcutânea;

– Lesões de bexiga, intestinos, ossos e cérebro, causadas tardiamente por radioterapia;

– Esmagamentos e amputações traumático;

– Infecção crônica dos ossos;

– Procedimentos de cirurgia plástica reparadora, quando se recobre uma ferida com pele ou músculos retirados de outra parte do corpo do próprio paciente, com risco de insucesso;

– Presença de bolhas de ar na corrente sangüínea (“embolia gasosa arterial”), complicação passível de ocorrer após a realização de alguns procedimentos médicos;

– Queimaduras extensas;

– Coleção de pus ou ar no cérebro, causados, respectivamente, por processo infeccioso e trauma.

Sim, a maioria dos Planos e Seguros de Saúde dá cobertura a esta terapia, baseada em estudos que demonstram que a associação deste procedimento ao tratamento convencional diminui custos devido à redução do tempo de internação, emprego de antibióticos e necessidade de cirurgias.

Existem contra-indicações absolutas e relativas:

As absolutas: são aquelas consideradas impeditivas para a realização do tratamento em pauta, pois colocariam a vida do paciente em risco. Dentre elas poderíamos citar a presença de ar entre as pleuras (“pneumotórax”) não tratada e o uso prévio de alguns medicamentos para tratamento de câncer (“quimioterápicos”).

 As relativas: não são, a princípio, impeditivas à realização do tratamento, porém impõem cautela em sua administração.

Dentre estas: resfriados, sinusites, asma brônquica, bronquites, claustrofobia, história de pneumotórax espontâneo, história de cirurgia torácica ou do aparelho auditivo e lesões pulmonares achadas em exames de imagem (radiografias, tomografia computadorizada ou ressonância magnética).

Nas contra-indicações relativas sempre devem ser levados em consideração os riscos e benefícios para expor o paciente ao regime de oxigenoterapia hiperbárica.

Não. Com exceção dos acidentes de mergulho, a terapia hiperbárica é um método de tratamento complementar, que não substitui o tratamento convencional, mas sim o potencializa, tornando-o mais eficiente. Deste modo, medidas tais como antibioticoterapia, cuidados com a ferida e cirurgias, devem sempre ser associadas à oxigenoterapia hiperbárica.

Não, uma vez que o oxigênio é administrado por inalação, alcançando a lesão através da corrente sangüínea.

Sim, principalmente a cafeína e a nicotina. Por isso recomenda-se aos pacientes abster-se de bebidas cafeinadas, tais como: café, coca-cola, chá, mate, etc., assim como o consumo de tabaco, 1 hora antes das sessões até 1 hora após o seu término. O emprego de alguns medicamentos, tais como os utilizados no tratamento do câncer, deverão ser cuidadosamente analisados antes do início da oxigenoterapia hiperbárica.

Não há nenhum impedimento na administração de medicamentos durante a realização da sessão, por qualquer via (oral, sublingual, intramuscular, endovenosa, etc.).

Não, de modo nenhum. 95% dos pacientes que se submetem à oxigenoterapia hiperbárica não estão internados e comparecem ao Serviço de Medicina Hiperbárica diariamente vindos de suas residências. Os demais 5% encontram- se internados devido às enfermidades de que são portadores, as quais demandam cuidados, tais como hidratação venosa ou curativos realizados sob anestesia em centro cirúrgico, que contra-indicam sua permanência em domicílio. O tratamento em regime de internação será sempre recomendado pelo médico assistente do paciente.

Não. O paciente que necessitar ser submetido a tratamento com oxigênio hiperbárico não necessita estar em jejum, muito pelo contrário, é desejável, principalmente em se tratando de diabéticos, que estejam fazendo regularmente suas refeições, a fim de que tenham as taxas de açúcar no sangue estáveis.

Às vezes sim. Os pacientes com indicação de oxigenoterapia hiperbárica são avaliados e orientados pelo médico hiperbárico quanto aos exames que deverão ser realizados previamente ao início do tratamento hiperbárico, a seu critério. Estes exames visam à avaliação quanto ao estágio atual da enfermidade de que o paciente é portador e servirão como referência para futuras reavaliações do paciente. Eventualmente estes exames serão solicitados para que se avalie a existência de outros problemas de saúde que contra-indiquem as sessões de Oxigenoterapia Hiperbárica. A solicitação destes exames ficará a cargo do médico hiperbárico ou do médico assistente do paciente.

Não, você poderá ser retirado do equipamento através de compartimento acessório conjugado ao compartimento principal onde o tratamento está sendo efetuado, sem interferir no andamento da sessão dos demais pacientes.

Sim, os pacientes que estão incapacitados de sentar, podem se submeter ao tratamento deitados.

Não. Os pacientes portadores de pressão alta podem ser submetidos à oxigenoterapia hiperbárica, devendo manter o esquema de tratamento prescrito pelo seu médico assistente.

Em câmaras multipaciente pode-se ler livros, jornais e revistas, participar de atividades lúdicas, tais como jogos com baralhos de cartas, dominó, damas ou escutar  música.

As sessões de oxigenoterapia hiperbárica são mandatoriamente monitoradas por um médico hiperbárico, familiarizado com esta terapia que, em casos de urgência, tomará as medidas necessárias para a rápida identificação e resolução do(s) problema(s) apresentado(s), interrompendo, se preciso for, o seu tratamento.

Sim, submeter-se à terapia hiperbárica não impede o paciente de dirigir. No entanto, o mesmo deverá sempre ser orientado a informar de qualquer alteração que esteja ocorrendo, a qual poderá afastá-lo temporariamente de certas atividades (inclusive direção) se estas manifestações forem exuberantes.

Sim, pois o tratamento hiperbárico não trata usualmente a doença básica de que o paciente é portador, e sim suas complicações. Caso não se tomem os cuidados necessários com relação ao controle da doença de base, os sinais e sintomas que deram origem à indicação da terapia hiperbárica podem reaparecer.

Não. A oxigenoterapia hiperbárica só é indicada nos casos de celulite-infecção, doença de extrema gravidade da camada de gordura subcutânea, que induz àqueles que a contraem, risco de complicações severas. Embora possua o mesmo nome, o que suscita confusão, a celulite objeto de angústia por parte das mulheres caracteriza-se pela existência de um processo inflamatório crônico, que acomete estas mesmas células, dando à pele a aparência característica de casca de laranja, esteticamente indesejável, porém benigno.

Não. Este fato foi, na época, amplamente divulgado, abalando a credibilidade do método terapêutico e dos profissionais da área de saúde que a ele se dedicavam. Não existe respaldo na literatura médica para a aplicação do oxigênio hiperbárico para tal fim, assim como para qualquer finalidade estética.

O uso da Medicina Hiperbárica situa-se na história há mais de meio século como uma terapia eficiente e diferenciada, com sucesso e embasamento científico comprovado para muitas doenças.

A oxigenoterapia hiperbárica é utilizado em vários países: Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Itália, França, Rússia, Japão, China, Coréia do Sul, Austrália, Cuba, México, Argentina, entre outros.

Sim. A oxigenoterapia hiperbárica encontra-se regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina desde 1995 através da Resolução nº 1.457. Esta regulamentação define quais são as doenças tratadas com este método e norteiam a sua prática e a cobertura deste tratamento pelos planos e seguros de saúde.

Não. Em virtude da eficiência deste método terapêutico na resolução de várias doenças, a oxigenoterapia hiperbárica já foi objeto de extensos estudos quanto ao seu emprego no combate a diversas patologias graves, incuráveis ou de difícil resolução, tendo se mostrada inócua no tratamento do câncer, AIDS e diversas outras doenças com as características já mencionadas.

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